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A alimentação, obesidade e inflamação: qual a ligação?

E o que é que inflamação tem a ver com alimentação e obesidade, nutri??

Ao explicar qual a influência dos alimentos nos quadros inflamatórios no organismo e obesidade, é importante entender o que é uma inflamação:

Toda vez que nosso corpo sofre algum tipo de lesão, seja por um corte na pele ou uma "invasão" por bactérias, vírus, protozoários ou fungos, algo deve ocorrer dentro do nosso organismo para que a lesão seja reparada (cicatrizada) e os "invasores" sejam detidos e eliminados. Estamos então diante de um quadro chamado de reação inflamatória, a qual mobiliza várias substâncias chamadas citocinas pró-inflamatórias.

O objetivo destas substâncias é iniciar um processo de reconhecimento dos invasores e avaliar o tamanho do estrago na região afetada e, a partir de então, começar um processo de eliminação dos invasores e de reparação (cicatrização) dos tecidos lesionados.

Porém, estas substâncias pró-inflamatórias que vão combater os invasores são tão violentos e fortes que podem, além de combater os inimigos, também atacarem as nossas próprias células saudáveis da região que está sendo afetada, como se fossem verdadeiros Kamikazes.

Exatamente por este risco desnecessário é que nosso organismo também precisa produzir substâncias chamadas de citocinas anti-inflamatórias, que têm a missão de migrarem até a região do corpo onde a batalha está ocorrendo para controlar a potência da reação inflamatória e não permitirem uma autoagressão das citocinas pró-inflamatórias contra o próprio organismo.

Fica claro então que o início da ação das citocinas pró-inflamatórias é fundamental para nos defender de invasores e reparar os tecidos lesionados pelo trauma local, mas jamais devem persistir por muito tempo, pois se não, o próprio organismo sofre as consequências deste persistente arsenal de armas com alto poder de destruição.

Graças às citocinas anti-inflamatòrias temos um auto controle deste processo. Esta gangorra citocinas pró-inflamatórias versus anti-inflamatórias precisam atuar em perfeito equilíbrio para que tudo corra bem.

Explicado este raciocínio, onde entram os alimentos nesta história toda? E a obesidade, o que tem a ver com tudo isso?

Acreditem, na história inteirinha!!

Olha: para que as citocinas pró-inflamatórias e anti-inflamatórias sejam produzidas são necessários alguns nutrientes fundamentais que são encontrados em alimentos específicos.

Para a produção das citocinas pró-inflamatórias são importantes:

Ácido linoléico (fontes: óleos de girassol, açafrão, gergelim, milho); Ácido Gama Linoléico ( fontes: óleos de prímula e borragem ) e Ácido aracdônico ( fontes: carne vermelha, aves, peixes de água quente, leite, ovos, lula ). Todos estes nutrientes citados fazem parte de uma família de gorduras chamadas de Ômega 6.

Já para a produção das citocinas anti-inflamatórias são outros os nutrientes mais importantes:

Ácido alfa-linolênico ( fontes: óleos de linhaça, canola, chia e noz ); Ácido Eicosapentaenóico (EPA) e Ácido Docosa-hexaenóico (DHA) ( fontes: peixes de água fria como salmão, atum, sardinha, arenque, cavala e algumas algas). Estes nutrientes citados fazem parte da família de gorduras chamadas de Ômega 3.

O mais importante então é que deveríamos ingerir todos estes nutrientes para que nosso organismo tenha a capacidade de reparar lesões teciduais e também "combater" invasores. O ideal seria que tivéssemos um equilíbrio no consumo destes nutrientes ômega 6 e Ômega3, justamente para haver um equilíbrio na produção das citocinas.

Mas, infelizmente, na alimentação "ocidental", segundo observações de estudos, estamos ingerindo no nosso dia a dia uma proporção muito maior de ômega 6 para a quantidade de ômega 3 consumida .

Ou seja: estamos todos "inflamando" nosso organismo, e a obesidade é uma consequência natural a todo este processo de desequilíbrio (dentre tantas outras consequências, citadas logo abaixo).

Quando há um estímulo exagerado na produção das citocinas pró-inflamatórias em relação às anti-inflamatórias a gangorra penderá para reações inflamatórias mais intensas e persistentes gerando risco no desenvolvimento de doenças específicas ou "piorar" doenças inflamatórias já existentes.

Ah, em tempo! os carboidratos com alto índice e carga glicêmica como os açucares e doces, farinha branca (refinados), arroz branco e outros levam ao aumento dos níveis de insulina, que é um fator que contribui ainda mais para o aumento da produção das citocinas pró-inflamatórias.

Quer exemplos de doenças inflamatórias persistentes?

Veja a lista:

Artrites ( inflamações das articulações), Colites ( inflamações intestinais ), Psoríases, entre outras. Até mesmo o diabético não controlado, o obeso e quem está na Síndrome Metabólica também está inflamado pelo aumento das citocinas pró-inflamatórias desencadeado por estas condições clínicas.

Outro estrago causado pelas inflamações dentro do organismo é uma oxidação excessiva das células inflamadas, causado pelo excesso de radicais livres produzidos na região afetada, levando à uma degeneração ainda mais rápida do tecido que está persistentemente inflamado.

Os nutrientes antioxidantes que podemos usar para nos ajudar a diminuir este impacto são:

vitamina C, vitamina E, selênio, carotenóides, vitamina A e flavonoides.

Onde encontrá-los: frutas cítricas, castanhas, amêndoas, avelãs, abacate, azeite extra virgem, legumes e verduras (com bastante variedade de cores), cereais integrais.

Claro que ajustes individuais devem ser levados em consideração, e isso somente um bom nutricionista ou nutrólogo podem fazer.

Vamos colocar em prática? Vem comigo:

Sua alimentação é pró inflamatória sempre que ingere muita carne vermelha, leite e derivados, embutidos (como salame, mortadela, presunto, bacon), que são fontes de ômega 6, e também excessiva em frituras, açucares e doces, farinhas brancas (refinadas), sal refinado, refrigerantes e produtos industrializados (com todos os seus aditivos), e em contrapartida consome poucos legumes e verduras, frutas, cereais integrais e gordura ômega 3.

De maneira inversa, sua alimentação é anti-inflamatória quando tem uma alimentação rica em gordura ômega 3, legumes e verduras, frutas, cereais integrais e fibras, e controlada nas fontes de gordura ômega 6 como citadas anteriormente.

Lembre! Coloque os alimentos a seu favor e não contra.

Já dizia sabiamente Hipócrates, o Pai da medicina: faça dos alimentos o seu primeiro medicamento.

Quer saber como estar na vida, com todos os eventos e compromissos (sociais e profissionais), sabendo equilibrar e lidar com tudo isso, sem prejudicar sua saúde - e sem necessariamente excluir os alimentos pró inflamatórios de sua vida?

Procure um bom nutricionista para lhe orientar!

A Nutri aqui fica à disposição para lhe apoiar e auxiliar (sem dietas!) neste processo!

Para agendar sua consulta, envie um whats app para: 27. 99991-7856

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